sexta-feira, 16 de novembro de 2012
MAPA DE RISCO - prevenindo acidentes
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos
locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou setorial),
capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.
Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos,
instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo
físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de
trabalho, treinamento, etc.)”.
PARA QUE SERVE?
• Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores através da fácil visualização dos riscos
existentes na empresa.
• Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no
trabalho na empresa.
• Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, bem
como estimular sua participação nas atividades de prevenção.
COMO SÃO ELABORADOS OS MAPAS?
• Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamentos
profissionais e de segurança e saúde, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades
exercidas; o ambiente.
• Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação específica dos riscos
ambientais.
• Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção coletiva; medidas de
organização do trabalho; medidas de proteção individual; medidas de higiene e conforto: banheiro,
lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer.
• Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre os trabalhadores expostos
aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos, doenças profissionais diagnosticadas, causas mais
freqüentes de ausência ao trabalho.
• Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
• Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos:
O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada.
O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do círculo.
A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico; ou
ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro do círculo.
A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.
Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual gravidade,
utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a cor correspondente ao
risco.
Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser
afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os
trabalhadores.
RISCOS AMBIENTAIS
Compreendem os seguintes riscos:
Agentes químicos
Agentes físicos
Agentes biológicos
Agentes ergonômicos
Riscos de acidentes decorrentes do ambiente de trabalho
São capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em função de sua natureza,
intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição.
TIPOS DE RISCOS AOS QUAIS O TRABALHADOR ESTÁ EXPOSTO
RISCOS FÍSICOS
São aqueles gerados por máquinas e condições físicas características do local de trabalho, que podem
causar danos à saúde do trabalhador.
RISCOS FÍSICOS
CONSEQÜÊNCIAS
Ruídos Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento da
pressão arterial, problemas do aparelho digestivo, taquicardia e perigo de
infarto.
Vibrações Cansaço, irritação, dores dos membros, dores na coluna, doença do
movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos
moles, lesões circulatórias, etc.
Calor Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, choques térmicos,
fadiga térmica, perturbações das funções digestivas, hipertensão.
Radiações ionizantes
Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes de trabalho.
Radiações não ionizantes
Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e nos outros órgãos.
Umidade Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças
circulatórias.
Frio Fenômenos vasculares periféricos, doenças do aparelho respiratório,
queimaduras pelo frio.
Pressões anormais
Hiperbarismos – Intoxicação por gases Hipobarismo – Mal das montanhas
RISCOS QUÍMICOS
São aqueles representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas líquida, sólida e
gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e danos à saúde.
Vias de penetração no organismo:
Via respiratória: inalação pelas vias aéreas
Via cutânea: absorção pela pele
Via digestiva: ingestão
RISCOS QUÍMICOS CONSEQÜÊNCIAS
Poeiras minerais
Ex.: sílica, asbesto, carvão,
minerais
Silicose (quartzo), asbestose (amianto) e pneumoconiose dos minerais do
carvão.
Poeiras vegetais
Ex.: algodão, bagaço de canade-
açúcar
Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar), etc.
Poeiras alcalinas Doença pulmonar obstrutiva crônica e enfisema pulmonar.
Poeiras incômodas Podem interagir com outros agentes nocivos no ambiente de trabalho
potencializando sua nocividade.
Fumos metálicos Doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos e
intoxicação específica de acordo com o metal.
Névoas, gases e vapores
(substâncias compostas ou
produtos químicos em geral)
Irritantes: irritação das vias aéreas superiores
Ex.: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, cloro etc.
Asfixiantes: dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma,
morte etc.
Ex.:hidrogênio, nitrogênio, metano, acetileno, dióxido e monóxido de
carbono etc.
Anestésicas: a maioria dos solventes orgânicos tendo ação depressiva
sobre o sistema nervoso, podendo causar danosos diversos órgãos e ao
sistema formador do sangue.
Ex.: butano, propano, benzeno, aldeídos, cetonas, tolueno, xileno, álcoois
etc.
RISCOS BIOLÓGICOS
São aqueles causados por microorganismos como bactérias, fungos, vírus e outros. São capazes de
desencadear doenças devido à contaminação e pela própria natureza do trabalho.
RISCOS BIOLÓGICOS CONSEQÜÊNCIAS
Vírus, bactérias e protozoários Doenças infecto-contagiosas.
Ex.: hepatite, cólera, amebíase, AIDS, tétano, etc.
Fungos e bacilos Infecções variadas externas (na pele, ex.:
dermatites) e internas (ex.: doenças pulmonares)
Parasitas Infecções cutâneas ou sistêmicas podendo causar
contágio.
RISCOS ERGONÔMICOS
Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que exigem que os ambientes de trabalho se
adaptem ao homem, proporcionando bem estar físico e psicológico.
Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e internos (do plano
emocional), em síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de trabalho.
RISCOS ERGONÔMICOS
CONSEQÜÊNCIAS
Esforço físico; Levantamento e transporte manual de pesos; Exigências de posturas
Cansaço, dores musculares, fraquezas,
hipertensão arterial, diabetes, úlcera, doenças
nervosas, acidentes e problemas da coluna
vertebral.
Ritmos excessivos; Trabalho de turno e noturno; Monotonia e repetitividade; Jornada prolongada
Controle rígido da produtividade; Outras situações (conflitos, ansiedade,responsabilidade)
Cansaço, dores musculares, fraquezas, alterações,do sono, da libido e da vida social, com reflexos
na saúde e no comportamento, hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatia, asma, doenças
nervosas, doenças do aparelho digestivo (gastrite, úlcera, etc.), tensão, ansiedade, medo e
comportamentos estereotipados.
RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTES
Os riscos mecânicos ou de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico de
trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física do trabalhador.
RISCOS MECÂNICOS
CONSEQÜÊNCIAS
Arranjo físico inadequado. Acidentes e desgaste físico excessivo.
Máquinas sem proteção. Acidentes graves.
Iluminação deficiente. Fadiga, problemas visuais e acidentes de trabalho.
Ligações elétricas deficientes. Curto-circuito, choques elétricos, incêndios,
queimaduras, acidentes fatais.
Armazenamento inadequado. Acidentes por estocagem de materiais sem observação
das normas de segurança.
Ferramentas defeituosas. Acidentes, principalmente com repercussão nos
membros superiores.
Equipamento de proteção individual inadequado. Acidentes e doenças profissionais.
Animais peçonhentos (escorpiões, aranhas,cobras).
Acidentes por animais peçonhentos.
Possibilidade de incêndio ou explosão.
Outras situações de risco que podem contribuir para a ocorrência de acidentes.
trabalho apresentado pelo grupo Aliança Logistica
Adalberto do Carmo; Atila Aurelio; Fernanda Alves; Gildo Almeida; Gherlyn Skyrda; Jose Eduardo
2º ciclo de Logistica - ETE GUAIANAZES -extensão Jambeiro
materia: Movimento de Materiais -Prof. Fabiana Pricardo
www.areaseg.com/
www.fea.unicamp.br/adm/cipa/mapa_risco
www.btu.unesp.br/cipa/mapaderisco.htm
www.cipa.unidavi.edu.br/
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
EDWARD WALE - uma história de superação
Edward Wale, muito cedo aprendeu a tomar decisões em sua
vida. Ainda adolescente teve que optar em mudar-se com os pais para os EUA, ou
continuar no seu país de origem, e seguir
carreira militar entrando na Escola Naval do Chile. Optando pela
segunda, conseguiu alcançar o posto de segundo tenente. Conheceu muitos
lugares, fez muitas amizades e ficava muitos meses em alto mar.
Depois de anos na Escola Naval, juntou-se aos pais nos EUA
para estudar engenharia aeronáutica na Universidade de Nothrop, em Los Angeles.
Sua afeição por aviação fez com que viesse até a pilotar.
Alguns anos depois de ter saído da faculdade, já se
destacava na área de negócios, tornando-se um grande empresário. Atuava em
diversos ramos como aviação e o setor imobiliário. Construiu luxuosos
condomínios e campos de golfe. Chegou a ser considerado um dos melhores
construtores do oeste norte-americano.
Ficou milionário. Era bem sucedido em tudo o que fazia, o
que lhe permitia ter as coisas que o dinheiro pode comprar: mansões, iates e
ate o próprio avião .
Com o tempo, entretanto, Edward tornou-se escravo do seu
próprio sucesso, dando atenção apenas a isso e acreditando que qualquer ação
era justificável para alcança-lo.
Sua mulher e seu filho não cabiam na sua agenda e ele
praticamente não visitava os pais. Seus amigos era só os que lhe interessavam
para os negócios. Desse modo, foi se afastando das pessoas que realmente
gostavam dele.
Aos 40 anos, porem, aconteceu algo que mudaria sua vida para
sempre. Ele voltava de uma viagem para a Califórnia, pilotando seu avião
particular, quando houve uma explosão no tanque de combustível e um grande
incêndio.
Ele ficou preso no avião e teve queimaduras de terceiro grau
em 90% do corpo. Ainda pior: teve as duas poernas e vários dedos amputados. No
hospital, foi declarado clinicamente morto por três vezes. Acabou sendo
reanimado, mas ficou em coma por seis meses.
Quando despertou do coma, não havia ninguém no hospital além
de médicos e enfermeiras: nem sua mulher e o filho, nem seus amigos ou
conhecidos. Aos poucos, foi descobrindo que não havia perdido só as duas
pernas. Havia perdido tudo: suas mansões, seus iates, seu avião particular,
suas empresas. Perdeu também sua esposa, que pediu divorcio após um casamento
de dez anos, e perdeu o amor do filho, que já não queria vê-lo.
Todas as propriedades e os negócios que ele possuía não
existiam. Tua pelo que ele havia trabalhado tanto havia desaparecido.
O comportamento da mulher e do filho não o surpreendeu.
Afinal, eles já tinham sidos perdidos muito antes do acidente, pois sua agenda
só cabiam dinheiro e poder.
Tanto dinheiro, tanto poder, e tudo o que restou foi uma
cama de hospital, na qual mal conseguia movimentar o pescoço. Mesmo após seis
meses em coma, a dor que sentia em decorrência das queimaduras que cicatrizavam
era excruciante e por isso vivia a base de morfina.
A perspectiva de ficar o resto da vida imóvel, tendo de ser
cuidado por outras pessoas, era desoladora. Certa vez, quando realmente não viu
mais esperança em sair daquela cama, pensou que tinha tido uma boa vida,
realizado muita coisa e que poderia “ir embora” em paz. A morfina estava
conectada a sua veia e ele mesmo regulava a quantidade, para poder controlar a
dor. Então decidiu: “vou aplicar uma overdose de morfina em mim mesmo e acabar
com esse sofrimento”.
Justamente naquele instante, por conjunções que não se
explicam, avistou em sua cabeceira uma foto do filho Michael. A foto fora
deixada por sua mãe, durante o coma. Seu filho estava sorrindo.
Esse foi realmente o momento de seu renascimento. Sua mente
mudou. Largou o dispositivo que liberava a morfina e disse a si mesmo:
- Não vou fazer isso.
Vou ficar e lutar! Tenho de deixar um ensinamento para meu filho: aconteça o
que acontecer na vida de uma pessoa, ela deve seguir em frente.
A partir desse momento, sua recuperação teve inicio.
Os médicos lhe diziam que se algum dia ele chegasse a se
sentar, seria um milagre. Entretanto, ele tinha um proposito claro e isso não o
desanimava. O objetivo que estava mais próximo dele era se sentar e, com muito
esforço e dedicação, ele conseguiu alcançar o “milagre” de se sentar.
Quando tudo parecia impossível, ele se lembrava do filho e
continuava. Ele tinha um forte motivo a impulsiona-lo.
Em dois meses, já estava conseguindo fazer 200 exercicios
abdominais por dia e o que parecia um sonho já era realidade. Contudo, ele
queria mais. Ele queria voltar a andar e a pilotar aviões! A falta das pernas
não o impediria de perseguir seu objetivo.
Quando saiu do hospital, os pais o acolheram. O resgate
daquela relação foi mais um fator que impulsionou para a recuperação. Aos
poucos, foi se acercando do filho, buscando recuperar o tempo perdido, não por
causa do coma, mas por todo o tempo em que ele esteve em perfeita saúde e não
lhe dera atenção.
Com o tempo, conseguiu colocar próteses artificiais como
pernas e voltou a andar, também voltou a pilotar. Mais que isso, voltou a se envolver
com a indústria de aviação como consultor e foi novamente se destacando
na tarefa de transformar empresas aéreas praticamente falidas em negócios lucrativas.
Certas vez, um investidor com quem negociava um alto aporte
para recuperar uma empresa aérea falida
lhe disse:
- Eu já investi três vezes nessa empresa e todos que
tentaram reergue-la falharam. Por que deveria dar dinheiro para você ?
Edward respondeu:
Porque eu mesmo fui declarado morto três vezes, e não desisti.
E saiu de lá com o cheque em mãos.
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