quinta-feira, 18 de outubro de 2012

LAYOUT


Introdução


 

A história do layout existe desde que o homem existe. Os primeiros layouts surgiram quando o homem executava o seu trabalho ou quando o arquiteto planejava a sua construção. O layout é muito importante e eficaz como a capacidade do homem e da maquinaria. Com a Revolução Industrial os donos das fábricas descobriram que seria mais econômico estudar a reorganização dos equipamentos. É muito interessante, pois com a especialização da mão-de-obra e o manuseio dos materiais a operação ganhou mais atenção. Hoje em dia entendemos que os primeiros layouts não estava completo. 

Na elaboração do layout, podemos considerar algumas praticas que devem ser feitas inicialmente, um exemplo, planejar o todo, e planejar o ideal para ficar prático. Depois de escolher o local que será estudado, se inicia o layout com uma visão ampla, que será detalhada, posteriormente. Depois de implantar o layout, ele deve ser reformulado sempre que necessário seguindo a regra citado acima.                                                                                                                  O primeiro item para elaboração de um layout é a quantidade que será produzida, vai ser importante para o cálculo do número de máquinas, da área de estoque, entre outros. Com o numero de máquinas determinado, devemos estabelecer o tipo de layout, considerando o processo e o tipo das máquinas que serão utilizadas.                                                                       Para elaboração do layout é uma atividade multidisciplinar, que envolve várias áreas da empresa. Por isso, é importante utilizar a experiência de todos na elaboração, para verificar e determinar soluções. Depois de concluídas as etapas apresentadas acima, o layout pode ser implantado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCEITO


 

A configuração de instalação (em inglês layout) estabelece a relação física entre as várias

atividades. O layout pode ser simplesmente o arranjar ou o rearranjar das varias máquinas ou

equipamentos, até se obter a disposição mais agradável.  Existem vários tipos de layouts e cada

um deles se adéqua a determinadas características, sendo uns mais vantajosos que outros. No

planejamento do layout é necessário ter em conta todos os fatores, os materiais, a maquinaria

o homem, o movimento, a espera, o serviço, a construção e a mudança, pois estes fatores

podem influenciar negativamente o planejamento do layout.

“O conceito de layout ideal continua em permanente mudança” (Muther, 1995, p.3).

A evolução tecnológica, como não poderia deixar de ser, estendeu seus múltiplos benefícios à

área de armazenagem, tanto pela introdução de novos métodos de racionalização e dos fluxos

de distribuição de produtos, como pela adequação de instalação e equipamentos para

movimentação física de cargas.

 

Objetivo


 

O objetivo primordial do armazenamento é utilizar o espaço nas três dimensões, da maneira

mais eficiente possível. As instalações do armazém devem proporcionar a movimentação rápida

e fácil de suprimento desde o recebimento até  a expedição. Assim alguns cuidados essenciais

devem ser observados.

Determinação do local, em recinto coberto ou não;

Definição adequada do layout;

Definição de uma política de preservação, com embalagens plenamente convenientes aos materiais;

Ordem, arrumação e limpeza, de forma constante;

Ao se otimizar a armazenagem, obtém – se:

Maxima utilização do espaço ( ocupação do espaço);

Efetiva utilização dos recursos disponíveis ( mão de obra equipamentos);

Pronto acesso a todos os itens  seletividade;

Máxima proteção aos itens estocados;

Boa organização;

Satisfação das necessidades dos clientes.

 

 ETAPAS PARA O LAYOUT


 

Para elaboração do layout, algumas considerações práticas devem ser feitas inicialmente, por exemplo, planejar o todo e depois as partes e planejar o ideal e depois o prático. Assim, após a determinação do local que será estudado, inicia-se o layout com uma visão global, que será detalhada, posteriormente. Após a implantação do layout, este deve ser reformulado sempre que necessário seguindo a regra descrita acima.                                                           O primeiro item a se determinar na elaboração de um layout é a quantidade que será produzida, a qual será importante para o cálculo do número de máquinas, da área de estoque, entre outros. Com o número de máquinas determinado, deve-se estabelecer o tipo de layout, considerando o processo e o tipo das máquinas que serão utilizadas. O edifício deverá ser planejado somente após a conclusão das etapas anteriores, permitindo o planejamento de um layout ótimo para as operações da empresa.                                                                            

  A elaboração do layout é uma atividade multidisciplinar, que envolve diversas áreas da empresa. Por isso, é importante utilizar a experiência de todos na elaboração, na verificação e na determinação de soluções. Isso também facilitará a posterior “venda” do layout dentro da empresa. Concluídas as etapas acima, o layout poderá ser implantado.

 TIPOS DE LAYOUT


Existem vários tipos de layout, mas os principais são: processo ou funcional, em linha, celular, por posição fixa, combinados. Vamos explicar o conceito de cada um deles.

Layout por processo ou funcional: O Layout por processo ou funcional (Figura 2), todos os processos e os equipamentos do mesmo tipo são desenvolvidos na mesma área e também operações ou montagens semelhantes são formados em grupos na mesma área. O material se desloca buscando os diferentes processos.                                                                                                              

O layout é flexível para atender a mudanças do mercado, atendendo a produtos diversos em quantidades que variam ao longo do tempo. È adequado para produções diversas em pequenas e médias quantidades. Este layout também possibilita uma satisfação no trabalho.


 

 INFORMAÇÕES PARA O LAYOUT


Para elaboração do layout, são necessárias informações sobre especificações e características do produto, quantidades de produtos, e de materiais, sequências de operações e de montagem, espaço necessário para cada equipamento, incluindo espaço para movimentação do operador, estoques e manutenção, e informações sobre recebimento, expedição, estocagem de matérias-primas e produtos acabados e transportes.

 IDENTIFICAÇAO DO FLUXO DE MATERIAIS


Para a identificação do fluxo dos materiais, pode ser utilizada a carta multiprocesso (Figura 3) e o fluxograma (Figura 4). Ainda para a análise de proximidade, deve-se utilizar o diagrama de relacionamentos (Figura 5).                                                                                   Sempre que possível, deve-se determinar a quantidade deslocada entre origens e destinos e o meio de transporte a ser utilizado para que se tenha o custo unitário do deslocamento.


 

 



Para o balanceamento, deve-se, em primeiro lugar, determinar o tempo de ciclo. O tempo de ciclo (TC) expressa a frequência com que peça deve sair da linha ou, em outras palavras, o intervalo de tempo entre duas peças consecutivas.                                                                    Por exemplo, suponhamos que uma linha deve produzir 1.000 peças em 6,5 horas de trabalho. O tempo de ciclo é 6,5 X 60 minutos/1.000 = 0,39 minuto/peça. Isto é, a cada 0,39 minuto a linha deve produzir uma peça, para que seja alcançada a produção de 1.000 peças nas 6,5 horas disponíveis. Podemos expressar o tempo de ciclo como:

TC = __________tempo de produção _____________

Quantidade de peças no tempo de produção

A partir do tempo de ciclo, determina-se o número mínimo de operadores que, teoricamente, seriam necessários para que se tivesse aquela produção (número teórico, N):

N =_________tempo total para produzir uma peça na linha________

Tempo de ciclo

Sendo Ti o tempo da peça em cada operação, temos:

N = Σ Ti/TC

Exemplo:

Tempo da peça X tempo de ciclo

● Tempo da peça = tempo de todas as tarefas;

● Tempo de ciclo = intervalo de tempo entre 2 peças consecutivas (tempo máximo);


LINHA DE MONTAGEM PARA PRODUTOS MULTIPLOS


O método para balancear a linha é a mesma da linha de um só produto, considerando-se tempo de ciclo o tempo ponderado em função da quantidade a produzir de cada modelo.

Exemplo:

Uma empresa deseja produzir na mesma linha de montagem os produtos X, Y e Z, cuja sequência de montagem é dada. Sabendo-se que cada operador trabalha 48 minutos por hora, e que devem ser produzidos 30 produtos por hora, determinar:

a)      O tempo de ciclo e o número teórico de operadores.

b)      A divisão do trabalho e o numero real de operadores.

c)      A eficiência do balanceamento.

 

PRODUTO
X
Y
Z
Quantidade por hora
10
08
12
Tempos por operação (min)
A
2,5
3,0
2,8
B
1,7
1,2
2,4
C
__
1,5
0,8
D
2,0
1,0
2,0
E
1,6
__
__
Tempo total (minutos)
7,8
6,7
8,0

 

 

 

                            

                           

 

 

 

 

 

 

                                Medida de Operação

Layout em linha

No layout em linha, as máquinas ou as estações de trabalho são colocadas de acordo com a sequência das operações e são executadas de acordo com a sequência estabelecida sem caminhos alternativos. O material percorre um caminho previamente determina- do no processo (Figura 6).                                                                                                                  

É indicado para produção com pouca ou nenhuma diversificação, em quantidade constante ao longo do tempo e em grande quantidade. Requer um alto investimento em máquinas e pode apresentar problemas com relação à qualidade dos produtos fabrica- dos. Para os operadores costuma gerar monotonia e estresse.


  FORMAÇÃO DE FAMÍLIAS


O layout em celular de manufatura baseia-se no trabalho cooperativo ou em time de pessoas que formam um grupo coeso com relação à produção a realizar. Há muitas vantagens na formação das células: a qualidade, a produtividade e a motivação aumentam.                        Para a formação das células, devem ser montadas por família. A família de peças é constituída por peças com características de processamento similares. Podem-se formar células para fabricar um produto inteiro ou partes de um produto.

Conceito Russo: O conceito russo, que é assim chamado por ter sido desenvolvido pelos russos Mitrofanov e Sokolovski, consiste em analisar as peças em quatro passos sequenciais:

Agrupar as peças em função dos equipamentos por que são processadas, por exemplo, prensa ou torno;

Em cada caso, agrupar as peças por forma geométrica, por exemplo, cilíndricos como eixos e discos com ou sem furo central; agrupar por tipo de projeto, por exemplo, parafusos, eixos, anéis ou engrenagens; agrupar por similaridade do ferramental necessário para a fabricação.                                                                                             

Conceito da codificação: O conceito da codificação implica a existência de diferentes códigos para a separação das peças. Muitas empresas desenvolvem seus próprios códigos, por exemplo, o código Brisch-Birn utilizado pela General Motors, no qual cada dígito depende do dígito anterior.

Conceito do fluxo do processo: Para a formação de famílias com o conceito do fluxo do processo, necessita-se das ordens de fabricação com todos os dados de operações, material, tempo por operação, equipamentos e ferramentas necessárias para cada componente fabricado, e da lista completa dos equipamentos da fábrica.                                                                                                           As etapas nesse método são, inicialmente, o registro do fluxograma de processo básico e posterior determinação dos grupos principais pelas características comuns encontradas no fluxograma. Deve-se, depois, determinar as exceções que ocorrem no processo e eliminá-las do estudo. Com essas informações, determinam-se as famílias e os grupos definitivos para os quais deverá ainda ser feita a análise do ferramental necessário.

Layout Celular: O layout celular ou celular de manufatura consiste em arranjar em um só local (a célula) máquinas diferentes que possam fabricar o produto inteiro                            O material se desloca dentro da célula buscando os processos necessários. Sua principal característica é a relativa flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto. Isso permite elevado nível de qualidade e de produtividade, apesar de sua especificidade para uma família de produtos. Diminui também o transporte do material e os estoques. A responsabilidade sobre o produto fabricado é centralizada e trás satisfação no trabalho.


Layout por posição fixa: No layout por posição fixa, o material permanece fixo em uma determinada posição e as máquinas se deslocam até o local executando as operações necessárias, conforme a (Figura 8).


É recomendado para um produto único, em quantidade pequena ou unitária e em geral, não repetitiva. É o caso da fabricação de navios, grandes transformadores elétricos, turbinas, pontes rolantes, grandes prensas, balanças rodo ferroviárias e outros produtos de grandes dimensões físicas.

Layouts combinados: Os layouts combinados ocorrem para que sejam aproveitadas em um determinado processo as vantagens do layout funcional e da linha de montagem.                                   Pode-se ter uma linha constituída de áreas em sequência com máquinas do mesmo tipo como no layout funcional, continuando posteriormente com uma linha clássica (Figura 9).

 


Vamos citar um exemplo do que ocorre na pratica:

A Hübner, empresa brasileira de autopeças, diante das mudanças do mercado, implantou alterações significativas em seus métodos de gestão na década de 1990.               Em consequência das melhorias introduzidas na organização e nos processos produtivos, como a alteração do layout da fábrica introduzindo algumas células de produção, por exemplo, a empresa conseguiu reduzir significativamente seus prazos de entrega aos clientes, o que a tornou apta a integrar as cadeias produtivas com filosofia voltada ao abastecimento just in time. O prazo médio de entrega dos pedidos aos clientes oscilava entre cinco dias, sendo que, na atualidade, a empresa está apta a entregar pedidos dentro do mesmo dia, o que efetivamente tem acontecido.                                                                                            Embora com um layout relativamente rígido, com linhas dedicadas, a empresa conseguiu introduzir certa flexibilidade, para a alternância de modelos em uma mesma linha de produção, permitindo assim abastecer alguns de seus clientes com a filosofia just-in-time.

 

 


O Just in time é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes. O Just in time é o principal pilar do sistema Toyota de produção ou produção enxuta. Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou entregues a tempo de serem vendidos ou montados. O conceito de just in time está relacionado ao de produção por demanda, onde primeiramente vende-se o produto para depois comprar a matéria prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo. Nas fábricas onde está implantado o Just in time o estoque de matérias primas é mínimo e suficiente para poucas horas de produção. Para que isto seja possível, os fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados para que possam fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada.

 

Conclusão

 

A importância do layout em uma empresa é primordial, pois auxilia na organização alocação de materiais e produtos além da utilização consciente do espaço físico para devida movimentação e segurança dos materiais e dos trabalhadores.

Sendo um conceito antigo, porém atual, que adequa uma planta para cada espaço e de acordo com os produtos.

Por fim define-se um padrão de fácil entendimento para a empresa disponibilizando o melhor equipamento, raque estruturando um armazém e auxiliando para maior controle do estoque.
 
AUTORES
Adalberto,Átila,Fernanda,Gherlyn,Gildo,José Eduardo
 
Centro Estadual Paula Souza
Escola Técnica de Guaianases- Extensão Céu Jambeiro
Técnico em Logística- 2012
 

 

 

 

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